sábado, 10 de julho de 2010

Se minhas botas falassem…


Claro, que uma das primeiras coisas que você pensou foi na parte “suja” que minhas botas poderiam ter passado…Mas não, não é de merda ou gênero que estou falando.

Sim por quais caminhos andaram, andei, e quais ares “sentiram”.

Elas foram um presente da minha mãe, para a filhota estar com os pés preparados para enfrentar as terras latinas da Bolívia e do Peru, que nesse caso incluiam montanhas e trilhas pesadas.

Foi depois dessa viagem-conquista que pensei nessa frase não só para as pessoas entenderem melhor minha experiência ao perguntarem como foi tudo, mas para eu mesmo recordar os bons momentos que “sem querer” surrei as bixinhas.

De um jeito ou de outro, é como se as “palavras” das minhas botas trouxessem os sentimentos de cada momento. Acho que pelo fato de representarem os caminhos que trilhei e passei.

É mais ou menos isso que esse blog pretende, relatar os sentimentos e andanças dessas minhas queridas “botas”. Além das minhas empreitadas no aprendizado das artimanhãs do jornalismo, “calçados” estes vindos do meu pai.


Por onde as botas andam?


Agora, estão a caminho de Nina Rodrigues, uma cidade do interior do Maranhão para pisar do barro mesmo e colocar a mão na massa no Projeto Rondon do Ministério da Defesa.

O programa leva universitários para desenvolver trabalho social em cidades do Norte-Nordeste do país. Além dos “rondonistas”, como são chamados os envolvidos no projeto, terem a oportunidade de conhecer um pouco mais da realizar do Brasil.
Mais informações no site www.defesa.gov.br/projetorondon

Vamos ver se no meu do trabalho todo não consigo mandar umas notícias quentinhas.

;o)

* Na foto do cabeçario é no pico da Pedra Celada, 250 metros, no Alto do Rio Preto – RJ / MG / SP. Trip com pessoas queridas , na hora certa e com pioneirismos pessoais.

** A caricatura é obra do artísta plástico Elton Hipolito

7 comentários:

  1. Filha minha, como é bom ouvir suas botas, sentir o cheiro de mato, o gosto da terra,o desejo e o sonho de trilhar e "compartrilhar" várias e diferentes culturas.
    Sinto o gosto suave e deliciosamente saboreado das suas raízes (nordestinas!)e neste sentido ter ou não botas não te impediria de sair e caminhar por este mundão que Deus nós deu.
    Que bom te sentir aprendente e ensinante dos diferentes e diversos, respeitando e cultivando novas e ternas amizades!
    Que bom que aprendeu a amar, respeitar, admirar e preservar a natureza nas pequeninas coisas, dando-lhe à atenção devida no movimento do tempo: ao canto dos pássaros, o verde das árvores, o vôo das borboletas, o barulho e a imensidão do mar, o brilho do luar,o sorriso de uma criança, a água fria e refrescante de algumas das muitas cachoeiras que ainda irá experimentar, entre outras coisinhas pequenas e abundantes que aprendemos a nos fazer FELIZES!
    Neste momento os passarinhos (4) revezam-se na nossa varanda e cantam!Seu canto entra por nossa casa e a ilumina. Um beija flor acabou de entrar na nossa sala! Acho que veio nos agradecer por acolhê-los e lembrou-me cantando baixinho, no pé dos meus ouvidos o quanto sou FELIZ por tê-la a ti e seu irmão(tão intenso quanto você!) como FILHOS nascidos de mim e criados para o MUNDO!
    te amo muito!
    Mãe

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  2. Vai aí um poema:


    Eu queria ser banhado por um rio como
    um sítio é.
    Como as árvores são.
    Como as pedras são.
    Eu fosse inventado de ter uma garça e outros
    pássaros em minhas árvores.
    Eu fosse inventado como as pedrinhas e as rãs
    em minhas areias.
    Eu escorresse desembestado sobre as grotas
    e pelos cerrados como os rios.
    Sem conhecer nem os rumos como os
    andarilhos.
    Livre, livre é quem não tem rumo.

    (Manuel de Barros, Menino do Mato)

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  3. Eu bem sabia que a nossa visão é um ato
    poético de olhar.
    Assim aquele dia eu vi a tarde desaberta
    nas margens do rio.
    Como um pássaro desaberto em cima de uma pedra
    na beira do rio.
    Depois eu quisera também que a minha palavra
    fosse desaberta na margem do rio.
    Eu queria mesmo que as minhas palavras
    fizessem parte do chão como os lagartos
    fazem.
    Eu queria que minhas palavras de joelhos
    no chão pudessem ouvir as origens da terra.

    (Manuel de Barros, Menino do Mato)

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  4. A maneira de dar canto às palavras o menino
    aprendeu com os passarinhos.

    (Manuel de Barros, Menino do mato)

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  5. Eu vi a manhã pousada em cima de uma pedra!
    Isso não muda a feição da natureza?

    (Manoel de Barros, Menino do Mato)

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  6. Vamo ver no que vai dar né??
    to aqui, acompanhando de longe e de perto..

    abreijos (+_+).

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  7. Sim, sim vamos ver no que vai dar!!! Com segurança de que dê tudo mais que certo, hehe!!
    Adorei isso aqui, assim vamos acompanhar toda sua aventura... Um beijão! AMO MUITO!! Dani

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